quarta-feira, 12 de março de 2008

O perdão de cada dia

João 13.1-15
ORA, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés.

Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.

Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos.
Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.


Queria destacar neste texto dois pontos: o primeiro é a humildade de Jesus, descrita nos quatro Evangelhos e tema hoje de pregações, estudos e livros. É interessante ler no final da passagem, "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou." Como alguém que antes lavava os pés de seus discípulos, logo depois se dizia mestre? E ainda assim o chamamos de humilde!? Apesar de todo o trabalho que faz, de todo o tempo que gasta em prol da ABU, sem se vangloriar, não diremos que o Lucas Rolim é humilde, se na próxima reunião ele vier dizendo que é o nosso mestre.
Penso que a "humildade total" está muito acima de palavras ou dizeres. Estes estão presentes na humildade, mas esta é também ação e amor. E é nesse momento que destaco o segundo ponto do texto.
Quando fazem aquela clássica pergunta: "Por que Jesus veio ao mundo?". A resposta também é clássica: "para nos salvar!". Isto é verdade, verdade pura e única verdade. É através de todo este "plano de salvação", de toda esta "história de amor", que entendemos a humildade plena, através da vida de Jesus. Esta semana lendo um conhecido escritor cristão, li exatamente sobre este texto (João 13.1-15), e ele fazia uma analogia entitulada "Parábola da Salvação", a qual queria compartilhar aqui.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos, estava representando a salvação e o perdão dos nossos pecados. Pedro se recusou a ser-lhe lavado os pés, o que levou Jesus a dizer: "Se eu te não lavar, não tens parte comigo." Com essa fala, Pedro não só aceitou que seus pés fossem lavados, como abusou, pediu que lhe fosse lavado todo o corpo. "Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo."
Quando aceitamos Jesus como nosso salvador e chegamos a ele por meio do arrependimento e da fé, somos lavados (por completo). Isso no meio teológico é chamado de justificação ou regeneração, representado pelo batismo e não mais repetido. Como a vida continua, nos sujamos, ficamos enlamaçados pelas "ruas imundas do mundo". Mas aí, não precisamos de outra regeneração ou batismo e sim do perdão diário, que nos é dado quando chegamos a Jesus Cristo por meio do arrependimento e da fé.
Que tenhamos a prática de reconhecer nossos pecados, arrepender-nos e assim chegar a Jesus. Uma última pergunta: "Você já chorou por ter se arrependimento?"

Um comentário:

Bárbara Matias disse...

Vivemos tanto um sentimento chamado culpa e remorço que difere tanto desse arreppendimento genuíno...

Muitas vezes precisamos pedir perdão e nos perdoar!

Abraços, Mateus!