terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Semana da Esperança 2008

Foto: Giovanna Amaral

"Uma semana para durar a vida inteira" é o lema base da Semana da Esperança, um evento que acontece na Universidade Federal de Viçosa de dois em dois anos. Neste ano a arte foi que direcionou os questionamentos "Esperança: em que? por que? pra que?". Através de apresentações musicais (MPB e Maracatu), dança de rua (com crianças que fazem parte da entidade filantrópica REBUSCA), Sarau, filmes e o "Oráculo" foi possível mostrar que a esperança da Graça de Cristo deve atingir a nossa vida como um todo. Além das expressões artísticas, a Semana da Esperança montou espaços para discussões de temas relevantes como Responsabilidade Social do estudante de universidade pública, Sexualidade, Contracultura, Alcoolismo, Ciência e Fé e Meio Ambiente.
Somos gratos a Deus pela realização de mais um trabalho desse tamanho. Não foi fácil a preparação para a realização da SE, mas foi delicioso ver o cuidado de Deus e sua vontade sendo feita apesar de nós.
No post anterior possui algumas fotos do espaço "Oráculo" montado para reflexão sobre quem nós somos de verdade.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Oráculo

Quem é Você?
Oh ser preso em meio a tortos reflexos!
És capaz de decifrar-te? Queres conhecer a Verdade? Aliás, quem é a Verdade?

Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Tiago 1.23 e 24



Fotos: Alberto e Prisca


Foto: Lucas Rolim

(...) agora só podemos ver e compreender um pouquinho a respeito de Deus, como se estivéssemos observando Seu reflexo num espelho muito ruim; mas o dia chegará quando O veremos integralmente, face a face. Tudo quanto sei agora é obscuro e confuso, mas depois verei tudo com clareza, tão claramente como Deus está vendo agora mesmo no interior do meu coração. I Coríntios 13.12 (BV)

Desenhos: Pedro Almeida, Rafael Coutinho, Lucas Rolim, Nayara, Pedro Sacramento e Predo Ivam

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sobre o sentido do tempo


Iniciou-se na semana passada mais um período letivo para os alunos da Universidade Federal de Viçosa. Para ser um pouco mais específico o início se deu, para uma boa parte dos alunos, no começo do dia 04 de agosto, às oito horas da manhã. Nessa mesma hora iniciaram-se diversas aulas no exato momento em que o professor, ou professora, começou a pronunciar suas primeiras palavras. Um início.
Acredito que seja bem óbvio para a maioria, se não para todos, que as aulas iniciadas no dia 04 de agosto tiveram um fim no mesmo dia. E que o próprio dia se encerrou, logo após seu ciclo de 24h. Caso contrário, já não estaríamos no décimo segundo dia do mesmo mês, que, por sua vez, terá um fim também, assim como todos os meses seguintes até, por fim, encerrar o semestre, que teve início outro dia. Um fim.

São interessantes essas coisas, não são? Tudo o que existe "debaixo do sol" possui um início e um fim. E esta dança é de extrema importância para aqueles que a bailam. Por exemplo, são revigorantes os finais de ano, pois logo quando morre um, cheio de lutas e canseiras, instantâneamente é chegado um novo ano, repleto de esperanças e força. Em outra situação, é necessário o passar pela dor, mas o seu fim é bem melhor do que seu início. Ciclos necessários.

Contudo, o que apresenta importancia não possui sentido algum quando se encara a morte, visto ser essa a conclusão do maior dos ciclos: a vida. Que proveito tem o homem, portanto, de todo o seu trabalho? Aparentemente, não existe renovo depois da morte. A única coisa que se pode falar depois disso (se é que um morto fala) é que tudo foi em vão: nascer, crescer, sofrer, sorrir, trabalhar e receber, destruir, construir, cantar, chorar, beijar, cuspir, odiar, amar, para depois de tudo morrer... Tudo veio e se foi, como fumaça. E a pergunta que não quer calar é: qual o sentido?

Isso parece ser uma desesperadora tragédia. Contudo, assim como qualquer outra tragédia tem um início e um fim, essa também não é diferente se olharmos para além dos limites do sol. E esse é o nosso renovo. Todas as coisas tiveram início um dia. O mundo teve sua gênese. E claro, se você pensar que não houve nenhum propósito no surgimento da terra, eu e você poderemos, certamente, nos descabelar. No entanto, analisando de forma simples, mas real, tudo o que existe, nos seus bastidores, deve existir (e existe) alguma força pensante superior e que perdura além de toda a linha temporal. Alguém que colocou um sentido em todos esses ciclos. A Bíblia me diz que essa força é Deus: um ser racional e sentimental, que se relaciona comigo e com a humanidade e, dessa forma, faz nascer um sentido na minha existência. E o sentido é este: viver perto do ser mais inteligente do universo e o único que não passa, é eterno (não possui um início nem um fim) e que pode conceder eternidade aos ciclos terrenos, fazendo-os perdurar além da morte. Nesse sentido, a morte continua fazendo parte apenas de mais um ciclo. Existe um sentido além da morte e este é revelado no ultimato de Deus: "buscai ao Senhor enquanto se pode achar!"

É tentador ouvir o convite de me relacionar com o único ser na terra que possui o sentido para as coisas e pode me fazer aproveitar melhor os ciclos, os fazendo eternos e me conduzindo para um lugar além da minha morte. É tentador. Mas eu preciso atentar que, como todo convite, esse também tem um prazo. Ele se inicia agora, mas daqui a pouco... sua vida pode se findar... e o tempo determinado... para aceitar o convite... pode ter um ponto... final. Que sentido você dará para esse tempo, afinal?

terça-feira, 17 de junho de 2008

"Fale de amor, se for preciso use palavras"

Tenho percebido, ultimamente, algo muito constante entre as pessoas que acreditam na transcendentalidade: Tem havido uma divisão da espiritualidade da “mundanidade”. E com esta dicotomia, tem vindo a indiferença e o repúdio pelo que é humano. Nesse contexto, tentamos ser cada vez “menos humanos” para sermos mais santos. E fica a falsa idéia da conceitualização da santidade como algo desconexo e alheio às nossas vidas terrestres e materiais.

E então, por separar o espiritual do “material”, não entendendo-os como coisas coexistentes, e até mesmo conseqüentes, as pessoas tendem a se tornar menos sensíveis aos seres humanos e suas mazelas. E se alienam do mundo em seus “templos sagrados”, em busca de uma santidade cada vez mais individualista e “menos humanizada”.

A santificação tem sido entendida como a tentativa de nos tornarmos dignos da salvação. Porém, devemos entender, que só há possibilidade de santificação e libertação pessoal no plano espiritual através da Graça santificadora e redentora de Cristo. E esta redenção se dá de forma “arbitrária” por Deus, através de Cristo que já fez TUDO na cruz, nos tornando totalmente incapazes de justificação pelo que foi feito em nós. No entanto, segundo Paulo, essa graça, a salvação, continua a se realizar em nós, devendo ser desenvolvida, para nos tornarmos irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus(Fp 2:12). Precisamos desenvolver a salvação, e não conquistá-la, visto que só desenvolvemos aquilo que já possuímos.

Aquilo que o evangelho nos convida a ser tem intima ligação com a Graça. Jesus nos convida a amar o nosso próximo! E não apenas como resultado da transformação ocorrida pela em nossas vidas, mas como meio para alcance da salvação. Por termos sido justificados pela Graça e por termos Cristo em nós, é incompatível sermos indiferentes às necessidades e opressões do nosso mundo material. “Jesus veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundancia”. A Graça de Deus é libertadora, e deve ser em todos os sentidos! Portanto, aquele que foi remido e liberto por Cristo, não se conforma (e não tem como!) com as opressões, seja a espiritual pelo pecado, seja a material, pelo mundo. A Graça, então, é causa, das quais a luta pelas libertações espirituais e materiais são conseqüência.

A Graça libertadora de Cristo é de tal modo profunda e eficaz que nos afeta em todos os aspectos de nossas vidas. Ter uma vida transformada pela Graça, em santificação, nos faz ser, portanto, essencialmente humanos e atentos às necessidades das pessoas. Não é possível viver pela Graça e amar nosso semelhante e ainda assim sermos inertes a tudo que acontece em nosso mundo material. Nós, como instrumentos reveladores de Deus ao mundo, tendo sido transformados por meio de Cristo, e por amor ao próximo, devemos valorizar a vida e tudo o que ela representa!
Nos santificarmos, portanto, é vivermos a real expressão da Graça em nós e através de nós.

Viver pela Graça é não aceitar uma sociedade desigual, onde os mais fracos são oprimidos(Mt 23:14) ; É ser separado e buscar o Reino de Deus, mas não separado do mundo, e sim separado NO mundo, vivendo a diferença da transformação divina em meio ao mundo material; É colocar o valor da vida acima do valor das coisas(Mt 23:23); Viver pela graça é viver a misericórdia em meio à turbulência do ambiente secular, ao invés do calmo ambiente religioso, que não está inserido nas dores humanas(Mt 9:9-13); É entender que o altar de Deus, não é apenas os dos templos, mas também os dos corpos de irmãos que são oprimidos por um mundo vil e desigual.(Lc 10:25-37)

É viver a expressão máxima do AMOR, que é sensível, libertador, transformador e sincero!
'Que falemos de amor, e se for preciso, que usemos palavras!!'


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Prece

Estava escutando música, e vagueando dentre tantos estilos e autores me deparo com esta música. Parei para escutar e ouvir o que dizia. Notei ser uma oração, uma prece a ser feita diariamente. Uma prece muito pertinente:

Prece *

Pai, por favor
Não deixe o egoísmo me enlouquecer
Me consumir
Pai, por favor
Não deixe o medo me controlar
E a covardia me impedir
Corromper a minha fé
Me levar pra longe de você
Corromper a minha fé

O que eu mais quero
É sempre estar com você
Ao teu lado eu consigo perceber
Entender que eu não posso desistir
De ser humano

Pai, por favor
Não deixe o conforto me seduzir
E comprar o meu silêncio
Pai, não deixe a religião me escravizar
E aprisionar meus pensamentos
Corromper a minha fé
Me levar pra longe de você
Corromper a minha fé

O que eu mais quero
É sempre estar com você
Ao teu lado eu consigo perceber
Entender que eu não posso desistir
De ser humano

Não quero cair naquilo que condeno
Não quero me enterrar em teorias mortas
Não quero ser mais um numero frio
Congelado, insensível.



* Composição: Bene, Marcão, Falcon e Sylas
Banda: Fruto Sagrado


segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sobre a vida e o amor




1 Coríntios 13 : "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu reparta todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não procura os seus interesses, não se ressente do mal; não se alegra com as injustiças mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba."


“É impossível ser feliz sozinho”, já dizia Tom Jobim. E ele estava certo, nenhum ser humano consegue viver sem amor. O amor é parte, é complemento do homem. É peça fundamental sem a qual não se completa. Contudo, tornou-se coisa rara nos dias atuais. Está em extinção.
A Globalização, a tecnologia, o “American Way of life” congelam sentimentos, paralisam o mundo, banalizam a vida. Fazem com que o mundo cresça externamente, mas não internamente. Vida fria, monótona, tediosa, fingida. Viver se tornou cerimonial, quando tudo tem de ser impecável. Vida sem erros, fracassos e derrotas. Agimos como robôs. Viver se tornou pesaroso, difícil.
Como é ruim assistir à vida se resumindo a fast foods engolidos nas esquinas; janelas de escritórios que se abrem para um céu cinzento, poluído; pacotes turísticos com emoções pré-estipuladas; almas magnéticas que vivem programadas.
A vida é um grande coração pulsando. É para ser vivida lentamente, bordada ponto a ponto. É sentar-se à mesa com toda a família e saborear comidas. É ter tempo para conversar e se preocupar com o próximo.
É respirar o ar puro do campo e refletir sobre si mesmo. É viajar sem itinerário, com o coração em júbilo, paz interior, e passar pelos lugares permitindo que eles também passem por você. É perceber as flores nos jardins da existência.
A vida não se encontra nas esquinas movimentadas, nem tampouco em chips ou escritórios. Para que haja vida é necessário amor. É necessário capacidade de nos admirarmos com as coisas. São necessários relacionamentos.
Precisamos encontrar a vida na emoção de saber amar a Deus, a nós mesmos e aos outros...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sobre o tempo

"TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." (Eclesiástes 3:1)

"Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento”. (Eclesiastes 2:14-17)

"Tempo tempo mano velho Falta um tanto ainda eu sei Pra você correr macio"

(Fernanda Takai/Pato Fu)

Um dia desses encontrei uma pessoa e começamos a conversar. Aliás, nem sei se posso considerar aquilo uma conversa. A pessoa só reclamava! Nos primeiros minutos, confesso que até me identifiquei com o discurso da pessoa. Quantas vezes me via assim, dessa mesma maneira: afogado nas minhas diversas atividades! Mas com o desenrolar do assunto comecei a me sentir mal. Afinal, somos nós que escolhemos o tanto de matérias que faremos, se vamos ou não nos envolver com pesquisa, se priorizaremos ou não algum tipo de estágio. A partir dessa conversa, passei a refletir sobre minhas atividades. Como lido com o meu tempo? Até que um outro dia, alguém me perguntou como eu estava. Eu respondi com sinceridade: "estou correndo atrás do vento"! É assim nossa caminhada. Sabemos que há tempo para todas as coisas, porém, mudamos o curso do tempo e indicamos que há tempo apenas para aquilo que nos interessa. Isso me incomoda. É ruim saber chamo Deus de Senhor quando na verdade, diariamente, o meu eu é coroado rei de mim mesmo. Em nome do meu sucesso, minhas atividades canalizam aquilo que me benificia, excluindo meu próximo e o próprio Deus. Assim, corro atrás do vento. Então, percebi que eu não poderia diminuir o número das minhas atividades. Mas em contra partida, poderia fazer do tempo meu aliado. Decidi aproveitar bem os momentos em que eu tenho oportunidade de conversar com as pessoas. Esse será meu investimento. Embora pareça pouco, não é. Quero ser profundo apesar do tempo, apesar das atividades, apesar de mim.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Gratidão


Analisando algumas coisas banais e fúteis (tanto que nem merecem ser citadas) me vi refletindo sobre a minha vida. E tenho a impressão de ser assim mesmo: são as situações um tanto comuns, rotineiras e talvez até banais que nos levam a uma profunda reflexão.
Um dia desses, algo que já me incomodava, de repente, mudou de formato e tomou um ar de urgência. E tudo começou a fazer mais sentido. Percebi a importância de um sentimento chamado gratidão, que sumira do meu vocabulário há algum tempo.
Gratidão é reconhecer um favor no sentido de agradecer de bom coração. É enxergar nossa pequenez e assumir uma posição positiva frente às mais diversas situações da vida. Omitir isso siginifica, além de proporcionar uma vida de baixa qualidade para nós mesmos, transgredir uma ordem divina.
Essa gratidão se diferencia de um conformismo que mascara a verdade e não reivindica direitos, não luta e se cala. É uma gratidão ativa, viva, forte, verdadeira e sensata. É ter sensibilidade para perceber o que é bom e o que não é, força para lutar pelo que precisa ser mudado e enxergar o lado bom das coisas. Não basta ter uma vida considerada boa para se viver bem, é preciso reconhecer isso.
O oposto de uma gratidão sadia é viver em uma ilusão. Ilusão de que o mundo pode ser perfeito, as pessoas podem ser exatamente do jeito que “devem ser” e que o mundo gira em torno de nós mesmos, segundo nossa “magnífica” vontade. É exigir de todos, do governo, da universidade, dos amigos, da família, etc, que se encaixem em nossos padrões para que satisfaçam nossas carências. Criamos expectativas sobre as pessoas e nos frustramos muito quando a conhecemos de verdade porque não correspondem ao nosso modelo criado de perfeição. Esquecemos que no nosso dia-a-dia vivemos com seres humanos e não deuses.
Mascaramos nossa personalidade de maneira a agradar os que nos cercam, alimentando assim, esse clima de mundo perfeito, onde ninguém tem problema ou defeito. Onde ninguém precisa de Deus.
Ter o coração grato é reconhecer a mão de Deus nas nossas vidas e perceber que tudo o que nos acontece Ele tem visto. É parar de responsabilizar os outros pela nossa infelicidade, é tratar mágoas do passado e atribuir a um propósito do Altíssimo. Somos pequenos demais para ditar como o mundo deve girar, mas podemos melhorar o nosso próprio mundo com a gratidão. Eu posso melhorar meu próprio mundo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

O perdão de cada dia

João 13.1-15
ORA, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés.

Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.

Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos.
Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.


Queria destacar neste texto dois pontos: o primeiro é a humildade de Jesus, descrita nos quatro Evangelhos e tema hoje de pregações, estudos e livros. É interessante ler no final da passagem, "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou." Como alguém que antes lavava os pés de seus discípulos, logo depois se dizia mestre? E ainda assim o chamamos de humilde!? Apesar de todo o trabalho que faz, de todo o tempo que gasta em prol da ABU, sem se vangloriar, não diremos que o Lucas Rolim é humilde, se na próxima reunião ele vier dizendo que é o nosso mestre.
Penso que a "humildade total" está muito acima de palavras ou dizeres. Estes estão presentes na humildade, mas esta é também ação e amor. E é nesse momento que destaco o segundo ponto do texto.
Quando fazem aquela clássica pergunta: "Por que Jesus veio ao mundo?". A resposta também é clássica: "para nos salvar!". Isto é verdade, verdade pura e única verdade. É através de todo este "plano de salvação", de toda esta "história de amor", que entendemos a humildade plena, através da vida de Jesus. Esta semana lendo um conhecido escritor cristão, li exatamente sobre este texto (João 13.1-15), e ele fazia uma analogia entitulada "Parábola da Salvação", a qual queria compartilhar aqui.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos, estava representando a salvação e o perdão dos nossos pecados. Pedro se recusou a ser-lhe lavado os pés, o que levou Jesus a dizer: "Se eu te não lavar, não tens parte comigo." Com essa fala, Pedro não só aceitou que seus pés fossem lavados, como abusou, pediu que lhe fosse lavado todo o corpo. "Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo."
Quando aceitamos Jesus como nosso salvador e chegamos a ele por meio do arrependimento e da fé, somos lavados (por completo). Isso no meio teológico é chamado de justificação ou regeneração, representado pelo batismo e não mais repetido. Como a vida continua, nos sujamos, ficamos enlamaçados pelas "ruas imundas do mundo". Mas aí, não precisamos de outra regeneração ou batismo e sim do perdão diário, que nos é dado quando chegamos a Jesus Cristo por meio do arrependimento e da fé.
Que tenhamos a prática de reconhecer nossos pecados, arrepender-nos e assim chegar a Jesus. Uma última pergunta: "Você já chorou por ter se arrependimento?"

sábado, 9 de fevereiro de 2008

E ae CALOURO de 2008!!! Parabéns pela sua conquista!!! Estamos muito felizes por vocês. Sério mesmo. Nós da ABU Viçosa, todo ano, realizamos uma super recepção pra calourada. A gente sabe que a maioria de vocês não conhece a cidade e, além disso, sempre chegam com fome (alguns nem toma café hauhauuah) pra fazer a matrícula. Pensando nisso, na primeira e segunda chamada, a gente monta um espaço bem bacana com um lanchinho, informações sobre apartamentos vagos, repúblicas com vaga, possíbilidade de montar república com o pessoal que está chegando e muita gente bacana pra recepcionar vocês. Somos uma espécie de facilitadores. Não se preocupe: não é um truque para vocês receberem trote secretamente. Queremos realmente ajudar e estabelecer um relacionamento de amizade. Não vai ser difícil nos achar. Terá uma tenda branca e uma faixa em frente a Igreja Presbiteriana de Viçosa, que fica na avenida principal da cidade (P. H. Rolfs).

Informações importantes para você, Calouro!!!
As matrículas serão iniciadas nos dias 11 e 12 de Fevereiro (primeira chamada) e o início das aulas do primeiro período letivo é no dia 03 de Março. Mas não se esqueça que sua matrícula deve ser confirmada no dia 02 de Março, Domingo, no mesmo local onde foi respondida a primeira chamada (Centro de Vivência - UFV). Confira a documentação exigida, a taxa de matrícula (R$46,00) e as datas das próximas chamadas no site da COPEVE.

Qualquer informação a mais, seja sobre a recepção aos calouros ou sobre a ABU, entre em contato com a gente. Lucas Rolim - rolim.menezes@gmail.com (presidente da ABU Viçosa) e Mateus Rezende - mateus.rezende@gmail.com (vice-presidente da ABU Viçosa)

Espramos vocês e Boa sorte nesse ano!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Imagem: SXC



Em Janeiro, somos cercados de mensagens de esperança de um ano melhor e propomos, então, a nós e aos que estão próximos uma renovação física, espiritual e mental. Uma série de metas para o novo ano são listadas expressando um desejo de que o ano que se inicia seja melhor que o anterior. Essas metas já nos são conhecidas pois quem nunca se propôs a emagrecer, cuidar mais da saúde, fazer novos amigos, ser uma pessoa melhor ou arranjar um namorado(a)?

É muito bom ter este tempo de acreditar no amanhã, respirar novos ares, curtir o verão, viajar, não se preocupar com estudos e trabalho, se dedicar a família, amigos e acordar tarde. Mas este clima de tranqüilidade, paz, esperança, renovação, mudança de velhos hábitos não dura muito, se finda no início dos próximos meses.

De repente é fevereiro, março e a rotina de trabalho e estudo voltam. Todo este ar de esperança de um novo tempo se dissipa e se substitui por cansaço, estresse, afobamento, enfim, tudo que é contrário ao velho espírito da virada de ano. O pensamento de que está de volta a realidade que é mais crua e nua que qualquer outra verdade é dominante. E as pessoas voltam a caminhar pelas ruas de rosto franzido e a realizar suas tarefas com correria esquecendo-se de todas as suas promessas. Tornam-se muito diferentes daquelas esperançosas que iniciaram o ano com um sorriso para o mundo.

Porém, o retorno à rotina não é o responsável pela infelicidade humana e pensar que o trabalho e o estudo matam nossa esperança é esmurrar muro com faca na tentativa de derrubá-lo, pois são os trilhos que conduzem a dias melhores. As pessoas culpam o emprego, a faculdade, a família, e o mundo por sua insatisfação, quando, na verdade, não sabem lidar diariamente com suas próprias vidas, suas ansiedades, e problemas. Culpar o externo não muda a realidade, não muda a correria, não ‘desfranzi’ os rostos, já que o problema é o que está no interior dos homens, é a maneira que os olhos enxergam a vida.

A vida, então, passa ter a cara que pinta diariamente. Isso mesmo, a desfrutamos dia a dia, e não anualmente. Nossa renovação, portanto, tem que acompanhar a nossa vivência, tem de ser diária. A cada novo dia nasce uma nova oportunidade de mudança, de melhora. E a proposta de renovação, o sentimento de esperança não podem nos entusiasmar só no inicio do ano.

É preciso renovação constante! O desafio é ter esperança em meio a tribulação da rotina, encorajar a si e aos outros continuamente durante o ano. O tempo de limpar as coisas velhas que nos incomodam, de mudar o que não está certo e consertar o estragado é no momento em que se percebe a existência dos mesmos e não anualmente.

Precisamos, portanto, de corações agradecidos e renovados pelo Dono de nossas almas, o Senhor. Ele é quem pode nos dar ânimo novo constantemente e desembaçar nossa visão para podermos assim, vislumbrar dias melhores e querer mais de nós e dos outros durante todo o ano. Nossa esperança, então, não mais se dissipará com o tempo, antes, estará firme naquEle que era, é e o será para sempre.

Texto: Bárbara Matias