“É impossível ser feliz sozinho”, já dizia Tom Jobim. E ele estava certo, nenhum ser humano consegue viver sem amor. O amor é parte, é complemento do homem. É peça fundamental sem a qual não se completa. Contudo, tornou-se coisa rara nos dias atuais. Está em extinção.
A Globalização, a tecnologia, o “American Way of life” congelam sentimentos, paralisam o mundo, banalizam a vida. Fazem com que o mundo cresça externamente, mas não internamente. Vida fria, monótona, tediosa, fingida. Viver se tornou cerimonial, quando tudo tem de ser impecável. Vida sem erros, fracassos e derrotas. Agimos como robôs. Viver se tornou pesaroso, difícil.
Como é ruim assistir à vida se resumindo a fast foods engolidos nas esquinas; janelas de escritórios que se abrem para um céu cinzento, poluído; pacotes turísticos com emoções pré-estipuladas; almas magnéticas que vivem programadas.
A vida é um grande coração pulsando. É para ser vivida lentamente, bordada ponto a ponto. É sentar-se à mesa com toda a família e saborear comidas. É ter tempo para conversar e se preocupar com o próximo.
É respirar o ar puro do campo e refletir sobre si mesmo. É viajar sem itinerário, com o coração em júbilo, paz interior, e passar pelos lugares permitindo que eles também passem por você. É perceber as flores nos jardins da existência.
A vida não se encontra nas esquinas movimentadas, nem tampouco em chips ou escritórios. Para que haja vida é necessário amor. É necessário capacidade de nos admirarmos com as coisas. São necessários relacionamentos.