segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sobre a vida e o amor




1 Coríntios 13 : "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu reparta todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não procura os seus interesses, não se ressente do mal; não se alegra com as injustiças mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba."


“É impossível ser feliz sozinho”, já dizia Tom Jobim. E ele estava certo, nenhum ser humano consegue viver sem amor. O amor é parte, é complemento do homem. É peça fundamental sem a qual não se completa. Contudo, tornou-se coisa rara nos dias atuais. Está em extinção.
A Globalização, a tecnologia, o “American Way of life” congelam sentimentos, paralisam o mundo, banalizam a vida. Fazem com que o mundo cresça externamente, mas não internamente. Vida fria, monótona, tediosa, fingida. Viver se tornou cerimonial, quando tudo tem de ser impecável. Vida sem erros, fracassos e derrotas. Agimos como robôs. Viver se tornou pesaroso, difícil.
Como é ruim assistir à vida se resumindo a fast foods engolidos nas esquinas; janelas de escritórios que se abrem para um céu cinzento, poluído; pacotes turísticos com emoções pré-estipuladas; almas magnéticas que vivem programadas.
A vida é um grande coração pulsando. É para ser vivida lentamente, bordada ponto a ponto. É sentar-se à mesa com toda a família e saborear comidas. É ter tempo para conversar e se preocupar com o próximo.
É respirar o ar puro do campo e refletir sobre si mesmo. É viajar sem itinerário, com o coração em júbilo, paz interior, e passar pelos lugares permitindo que eles também passem por você. É perceber as flores nos jardins da existência.
A vida não se encontra nas esquinas movimentadas, nem tampouco em chips ou escritórios. Para que haja vida é necessário amor. É necessário capacidade de nos admirarmos com as coisas. São necessários relacionamentos.
Precisamos encontrar a vida na emoção de saber amar a Deus, a nós mesmos e aos outros...

6 comentários:

lucas rolim disse...

É mesmo... o amor é a essência da vida! Se esquecemos de praticar o amor ação, esquecemos como é a nossa própria essência... esquecemos que Deus, que é amor, é parte do nosso ser... e se vivemos em parte, e não de forma completa, estamos, na verdade, mortos!
Muito bom o texto e super relevante a reflexão.
Bjus Rah!

Bárbara Matias disse...

Raissera!!!!

É tão verdade que esse estilo de vida embalado tem vindo como um pacote encomendado, e de repente engolimos tudo o que nos repassam! Engolimos esse ESTILO DE VIDA tão quadrado, tão sem erro, tão eficiente, tão programado,que é TÃO SEM VIDA!

Gostei muito dessa reflexão.. que o valoroso passe a ser valorizado! Retome o seu lugar de destaque! Que
o viver seja completo, que tenha amor!

Bjim.

GB Silva disse...

Quanta profundidade em belas palavras! Achei lindo o texto. Me tocou mto. Vou ler de novo.

Bjos

Anônimo disse...
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(Penso, Logo Escrevo...) disse...

Parabéns pelo Blog,
VC escreve texto que dão prazer de lê-los.
Grande abraço!

Unknown disse...

uma surpresa hein? tão simples e tão doído

talvez seja por isso que as vezes eu não te entenda ( e até brigue com vc)
sim, vc vive!